Após a vitória do Paysandu sobre o Bragantino, garantindo a vaga na semifinal do Campeonato Paraense, o técnico Hélio dos Anjos concedeu uma entrevista coletiva na qual abordou um dos temas em destaque: o jovem venezuelano Esli García, que vem ganhando espaço e a simpatia da torcida bicolor.
Parte da torcida expressou insatisfação com a reação do treinador em relação à empolgação dos torcedores com García. Hélio dos Anjos, no entanto, ressaltou que não tem nada contra o jogador e explicou que o meia-atacante, apesar de seu bom desempenho recente, ainda está em processo de formação e requer atenção especial não apenas como atleta, mas também como ser humano.
Dos Anjos também compartilhou um episódio recente envolvendo García, no qual o jogador demonstrou estar enfrentando problemas pessoais relacionados à permanência de sua esposa no Brasil. Em um treino, Esli chegou a chorar devido à possibilidade da companheira ser deportada, o que gerou preocupação por parte do técnico e da comissão técnica.
“Um dia eu estou entrando no vestiário, saindo do treino, e todo mundo ainda estava no canto e eu sai um pouco mais cedo. Quando eu vi, o Esli estava lá no cantinho. Daqui a pouco entram na minha sala: “professor, o Esli está chorando”. O que que eu tenho que fazer com um menino desse? Eu tenho que colocar no meu colo, tenho que levar para a minha sala, tenho que conversar. Ele estava muito preocupado, pois estava sujeito, na cabeça dele, que a mulher dele podia ser deportada, olha o pânico dele. Chamei o Lucas [Maia] para ser o tradutor, já que ele jogou no México. Nós conversamos, mostrei para ele que não era assim”, revelou.