A noticia que pegou todos os torcedores do Clube do Remo de surpresa foi o anuncio nesta segunda-feira (26), da demissão do preparador de goleiros Juninho, que estava no clube há sete anos. A decisão, inesperada também para o próprio Juninho, ocorreu após o treinador Ricardo Catalá solicitar o afastamento do profissional, conforme afirma o profissional em entrevista ao site Globo Esporte.
“Fui pego de surpresa. Jogamos contra o Águia, normal, marcamos para treinar. Me chamaram em uma na sala e Papellin me falou que não queria mais trabalhar comigo. O treinador pediu para me mandar embora. Tô há sete anos e o cara que chegou um dia desses me mandou embora. Fiquei decepcionado”, disparou Juninho.
Segundo Juninho, a mudança na relação com Catalá ocorreu nesta temporada, marcada por alterações na autonomia do preparador. Ele não foi consultado sobre contratações de goleiros para o elenco e perdeu a liberdade de sugerir escalações. A demissão de Juninho ocorreu no mesmo dia em que o clube confirmou a não renovação do contrato com o goleiro Vinícius, indicado por Juninho em 2017.
“Ele me tratava muito bem no ano passado. Não sei se ele queria trazer um treinador de goleiros diferente e a direção não deixou. Ele mudou. Tinha um goleiro contratado que eu não conhecia. Não entendi até hoje o motivo de mandarem o Victor Lube e o Zé Carlos embora. Estavam sendo preparados para substituir o Vinicius. Ninguém me perguntou sobre o Léo Lang, mas sou profissional e trabalhei normalmente com eles”, disse.
Com relação ao desempenho dos goleiros ao longos dos treinamentos, Juninho revelou informações que demonstram Vinicius ter melhor rendimento que Marcelo Rangel e Leo Lang. No entanto, é bom ressaltar que o ídolo azulino não foi relacionado em nenhum dos jogos desta temporada, comandados por Ricardo Catalá.
“Se você me perguntasse hoje, eu acho que o Vinícius tinha que jogar, pois acho que o Vinícius estava melhor. Poderia ter jogado no início. O Marcelo poderia ir condicionando melhor e depois jogar. Vinícius chegou junto comigo. O Remo estava sem goleiro e indiquei ele. Trabalhamos juntos há sete anos. Tinha uma amizade com ele, da mesma forma que tenho com outros goleiros. Ele era mais cobrado porque ele jogava”, prosseguiu.