Após a derrota em campo, o Clube do Remo enfrenta agora as repercussões de um comportamento inaceitável por parte de uma parcela da sua torcida. Durante a partida do último domingo, o árbitro Braulio da Silva Machado registrou na súmula do jogo ataques homofóbicos direcionados ao atacante Nicolas, do Remo, por parte de torcedores azulinos. Essa grave acusação pode acarretar sérios prejuízos ao clube, caso as autoridades competentes optem por punições.
O incidente ocorreu quando o Remo estava em desvantagem no placar e se preparava para uma cobrança de escanteio. Enquanto o jogador Nicolas discutia com um zagueiro adversário, parte da torcida começou a entoar cânticos homofóbicos, dirigidos ao atleta. O árbitro interrompeu temporariamente o jogo até que os insultos cessassem. Em seu relatório, Braulio da Silva Machado descreveu: “Aos 36 minutos do segundo tempo de partida, foram ouvidos gritos homofóbicos de forma contínua e coletiva por parte da torcida do Clube do Remo”.
Este não é o primeiro incidente desse tipo envolvendo a torcida do Remo. Em ocasiões anteriores, o clube foi denunciado por comportamento inadequado de seus torcedores, mas conseguiu absolvição com base em campanhas contra a homofobia realizadas pela instituição. Contudo, a repetição desses atos prejudiciais levanta preocupações sobre a eficácia dessas medidas e a necessidade de uma resposta mais enérgica.